Desportivo de Arco de Baúlhe:
Miguel Preto; Celso Campos; Filipe Gomes; Jonas (Magalhães); João Ribeiro; Luís Lobo.
Eduardo Calças (Bruno); Zé Filipe; Simão Gonçalves; Isidro Leite (Filipe Alves); Jorge
Clube Desportivo Ponte:
Pimenta; Peixoto; Domingos; Santos; Joel; Zé Oliveira;
Daniel; Chiquinho; Pedro Rodrigues; Armando; Vasco.
(Sténio, Bruninho, Gil Bravo)
O Desportivo de Arco de
Baúlhe defrontou este Domingo o Clube Desportivo Ponte num confronto que
colocou frente a frente as equipas promovidas da época passada. Formou-se uma
rivalidade e é necessário ir ao supermercado para dar nome a este jogo… o jogo
das promoções.
Mas estava muito mais em jogo do que três pontos para os
da casa. Em Morgade jogava-se a honra. Depois da derrota e da fraca exibição em
Emilianos os leões queriam mostrar aos adeptos que o jogo da quarta jornada
tinha sido apenas um acidente de percurso.
O treinador Francisco Castro foi o primeiro a dar a ideia
da mudança ao mudar o sistema de jogo que os arcoenses apresentaram nas quatro
primeiras jornadas. O Arco entrou em campo com três defesas. Jorge sobre a
direita, João Ribeiro sobre a esquerda e Filipe Gomes jogou na zona interior.
As alas ficaram a cargo de Simão Gonçalves e Isidro Leite. No sector central
Miguel Preto e Zé Filipe pensavam o jogo. Na frente Jonas no apoio à dupla
atacante Celso Campos e Eduardo Calças. Na baliza o guardião do costume, Luís
Lobo.
O sistema inovador deixou os adeptos receosos. E aos 15
minutos deitaram as mãos à cabeça quando na sequência de um pontapé de canto
Armando cabeceia ligeiramente por cima.
Mas logo de seguida o Desportivo respondeu com uma jogada
de posse colocando Zé Filipe em posição de remate que dentro de área acerta no
adversário. A persistência da equipa não abalou e na sequência da mesma jogada
Zé Filipe cruzou para um cabeceamento de Celso Campos como mandam as regras.
Faltou uma pontinha de sorte e a bola embateu, frouxa, na barra.
O Desportivo estava por cima, tinha mais bola, mas as
oportunidades não eram assim tão evidentes. À passagem da meia hora de jogo, em
consequência de um pontapé de canto, Jonas surge na área e remata contra o
adversário. O médio ofensivo ficou a pedir penalti, mas o árbitro mandou
seguir.
10 minutos depois há livre para o Arco. Cruzamento de Zé
Filipe vai direccionado para a área mas o desarme incompleto da defensiva do
Ponte foi parar aos pés de Isidro. O lateral esquerdo não conseguiu melhor que
um remate perigoso.
Pouco depois há livre ensaiado. 3 homens junto à bola,
Simão, Jonas e Zé Filipe. O último simula o remate e corre na vertical. Jonas
passa-lhe a bola e Zé Filipe dentro de área, em zona perigosa, cruza com força
a pedir um pequeno desvio. Esteve bem a defensiva do Ponte ao aliviar o perigo.
Os caseiros estavam melhor e a cada minuto que passava a
equipa mais entrosada ficava. A prova veio ao cair do pano. Livre lateral para
ser batido por Jonas. Domingos afasta a bola mas não o perigo. A bugalha foi
parar à pessoa errada. Celso acendeu o rastilho e explodiu com a baliza
adversária. Potente remate do avançado de Várzea Cova deu 1 a 0 aos arcoenses.
A segunda parte começou como acabou a primeira. O Arco
por cima. Os leões fizeram da posse de bola a sua identidade e a monotonia só
foi quebrada com um momento ímpar. Jonas sofre falta após drible e assume a
responsabilidade de o executar. Bola a 30 metros da baliza… O número dez dos
leões não se fez de rogado e atirou para a baliza com potência. No dicionário
não há adjectivos suficientes para classificar este golo pelo que o melhor é
recorrer à expressão do filme “Laranja mecânica”… horrorshow. Os azuis ganhavam assim por 2 a 0.
As coisas corriam de feição à equipa da casa e num
momento de distracção valeu Lobo que defendeu um remate perigoso de Vasco que
surgiu isolado. O Ponte estava numa maré positiva do jogo desde a entrada de
Sténio e esteve perto do golo aos 75 minutos.
Mas o jogo estava destinado a vestir de azul e branco e
Jonas sofreu falta à entrada da área depois de fintar dois jogadores. O mesmo
jogador assumiu a marcação do livre mas a bola não fez mais do que um beijo no
poste.
O Ponte continuava atrás do prejuízo e o Arco aproveitava
para lançar o contra ataque. Aqui os lances tinham o destinatário Simão
Gonçalves, que aos 89 minutos surge em posição de remate após passe de Bruno,
mas não conseguiu enganar Pimenta. Mas estava para breve. Já ao cair do pano
ainda havia tempo para o lance mais caricato do jogo. Simão adianta-se em
velocidade sobre a direita e quando tenta jogar em Bruno … acaba por fazer
golo. A bola passou a pingar entre Bruno e Pimenta e acabou por dar golo.
No
final da partida o Desportivo somou três pontos, fruto de uma exibição
consistente. Rescaldo final… pazes feitas com os adeptos
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